Em pé, na porta, olhando para todos os alunos, reparei em uma senhora. Não sei precisar a idade. Sou péssima nisso. Mas seu rosto já tem vincos. Suas mãos, no entanto, têm aparência jovem. Bonitas. Com unhas pequenas e curtas. Ela é magra. E tem as pernas bem longas e finas. E este é o porquê deste texto.
Sempre achei que pernas longas e finas davam um ar de elegância à mulher. Principalmente se acompanhadas por vestido e salto-alto. A imagem toda me lembra a palavra “fidalguia”. Talvez porque as pernas sejam delgadas. Delgado. Fidalgo.
Eu sempre quis ter pernas finas e longas. Que pudessem abrigar botas de cano alto com saias. Ou sandálias de tiras com vestidos muito curtos. Mas não. Minhas pernas são normais. Não delgadas. Não achatadas. No entanto, são grossas. Começa no quadril, que é largo. Passa pela bunda, que é generosa (disso eu gosto). E as pernas são grossas. Coxas grossas. Canelas grossas. Tornozelos grossos. Pernas de quem fez dança durante muito tempo; parou; e ainda foi “ajudada” pela genética. Mãe e pai. Baixos. De pernas grossas. Quando estudava dança, ao menos tinha músculos. Hoje...
Não me importaria de continuar com 1,58. Desde que eles fossem todos feitos de pernas. Longas e finas.
(Escrito em 30/11/2008, às 11h20, aplicando prova no Encontro Presencial do curso de Administração a Distância da UFG, onde trabalho. Resumindo, a pessoa surta.)
Crédito da imagem: Google images. Não encontrei o nome do autor.